Fonoaudiologia Neurologista

Disfasia: Entenda os tipos e causas

Fonoaudióloga realizando o tratamento de disfasia em uma criança, demonstrando sons enquanto a criança repete.

A Disfasia representa um distúrbio neurolinguístico que compromete a linguagem oral desde a infância e afeta diretamente o desenvolvimento da fala.

A alteração pode dificultar o entendimento, a produção ou a organização da linguagem. Por isso, identificar o quadro o quanto antes faz diferença no progresso do tratamento.

Neste artigo, você confere o que é disfasia, os seus tipos e causas. Saiba mais a seguir!

O que é disfasia?

A disfasia se refere a um comprometimento da linguagem que aparece desde os primeiros anos de vida da criança e é causado por alterações neurológicas.

Diferente de atrasos comuns na fala, o problema tem causas clínicas mais profundas. Estudos da Revista CEFAC mostram que crianças com disfasia apresentam alterações significativas na estrutura gramatical e fonológica da linguagem e precisam de acompanhamento multidisciplinar contínuo

Elas podem apresentar dificuldades em:

  • Nomear objetos do cotidiano;
  • Compreender frases simples;
  • Formular frases completas;
  • Manter fluência verbal.

Quais são os tipos de disfasia?

Os tipos de disfasia variam conforme a região do cérebro afetada. Cada forma apresenta características e dificuldades específicas:

Disfasia expressiva

  • Dificuldade para formular palavras ou frases;
  • Vocabulário reduzido e linguagem truncada;
  • A criança entende, mas não consegue expressar.

Disfasia receptiva

  • Compromete a compreensão da linguagem;
  • A criança escuta, mas não entende o que foi dito;
  • Pode haver falas desconexas e fora de contexto.

Disfasia mista

  • Une características dos dois tipos;
  • Afeta compreensão e expressão verbal;
  • Requer acompanhamento multidisciplinar mais intenso.

Quais são as causas da disfasia?

A causa de disfasia geralmente está ligada a fatores neurológicos e não envolve problemas de audição, inteligência ou traumas emocionais isolados.

Entre as causas mais relatadas:

  • Disfunções cerebrais durante o desenvolvimento intrauterino;
  • Genética e histórico familiar de distúrbios de linguagem;
  • Problemas no parto ou lesões perinatais.

Vale ressaltar ainda que o diagnóstico precoce permite mais avanços na reabilitação da linguagem infantil. Logo, quanto antes a família procurar ajuda, melhores os resultados.

Disfasia e afasia: qual é a diferença?

Muitas pessoas confundem disfasia e afasia, mas são condições distintas. Ambas afetam a linguagem, porém têm origens diferentes.

A disfasia surge no desenvolvimento infantil, logo nos primeiros anos de vida. Já a afasia aparece após lesões cerebrais em adultos, geralmente por:

  • AVC (Acidente Vascular Cerebral);
  • Traumatismo craniano;
  • Tumores cerebrais.

A diferença principal está no momento do aparecimento. A afasia interrompe uma linguagem já adquirida, enquanto a disfasia impede o desenvolvimento adequado da fala.

Quando suspeitar de disfasia?

Pais, professores e cuidadores devem ficar atentos a alguns sinais desde cedo. Quanto antes ocorrer a investigação, maiores as chances de adaptação escolar e social.

Alguns comportamentos de atenção são:

  • Ausência de frases com mais de duas palavras até os 3 anos;
  • Falta de compreensão mesmo com linguagem simples;
  • Trocas ou omissões frequentes de sons;
  • Isolamento social por dificuldade de comunicação.

Como funciona o diagnóstico da disfasia?

O diagnóstico exige exames clínicos, testes linguísticos especializados e envolve neurologista, fonoaudiólogo e, em alguns casos, psicopedagogo.

Esse processo avalia:

  • Capacidade de compreensão;
  • Produção de fala;
  • Habilidades motoras orais;
  • Desenvolvimento cognitivo.

O objetivo, portanto, é diferenciar entre disfasia e outros quadros, como autismo ou simples atraso na linguagem.

Existe tratamento para disfasia?

Sim, o tratamento existe e pode oferecer bons resultados quando iniciado precocemente. A intervenção é personalizada conforme a idade e gravidade.

O plano terapêutico pode incluir:

  • Sessões regulares de fonoaudiologia;
  • Estímulo em casa com leitura e jogos de linguagem;
  • Apoio escolar com adaptações pedagógicas;
  • Acompanhamento neurológico contínuo.

É comum que o progresso aconteça em ritmo gradual. Por isso, o engajamento da família contribui diretamente para os avanços.

Dicas para lidar com a disfasia em casa e na escola

A criança com disfasia precisa de acolhimento e estímulos frequentes. Veja algumas estratégias que ajudam na rotina:

  • Use frases curtas e simples;
  • Estabeleça contato visual ao falar;
  • Evite interromper quando ela tentar se expressar;
  • Crie momentos de leitura em voz alta;
  • Estimule o uso de gestos e imagens.

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A intervenção precoce pode transformar o futuro da criança!