Exames Laboratoriais

Como funcionam os exames laboratoriais e como interpretar seus resultados?

Profissional de saúde com jaleco, máscara, luvas e esteto realizando exame laboratorial com tubo de sangue em laboratório moderno.

Os exames laboratoriais fazem parte dos cuidados com a saúde, uma vez que fornecem informações precisas que vão além dos sintomas, ajudando os médicos a entender o que acontece dentro do organismo.

Dessa forma, desde a avaliação de taxas de colesterol, glicose e hemograma, até a confirmação de gravidez por meio do beta-hCG, esses testes são ferramentas fundamentais para a prevenção, diagnóstico e monitoramento de diversas condições.

Portanto, a seguir, a Clínica Sim sana suas dúvidas sobre como funcionam os exames, como se preparar corretamente ou até como entender os principais resultados. 

Por que fazer exames laboratoriais com regularidade?

Mesmo sem apresentar sintomas, o corpo pode sofrer alterações silenciosas. Por isso, doenças como diabetes, colesterol alto, anemia e distúrbios hormonais costumam se desenvolver de forma gradual e, muitas vezes, só são identificadas por meio de exames laboratoriais.

Assim, os exames de sangue são usados para:

  • Avaliar o funcionamento dos órgãos e sistemas;
  • Detectar doenças em estágio inicial;
  • Acompanhar a evolução de tratamentos;
  • Investigar sintomas como fadiga, tontura, irregularidades menstruais ou dores recorrentes;
  • Realizar check-ups preventivos.

Ainda de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o rastreio e o diagnóstico precoce são pilares na prevenção de doenças crônicas e no aumento da qualidade de vida.

Quais são os exames laboratoriais mais solicitados?

A escolha dos exames depende da queixa do paciente, da faixa etária, do histórico pessoal e familiar, além das orientações do médico. Porém, alguns testes aparecem com mais frequência nas solicitações.

Hemograma completo

O hemograma é um exame básico, porém extremamente valioso, isso porque ele avalia três grupos celulares do sangue:

  • Glóbulos vermelhos (hemácias): são responsáveis por transportar oxigênio e alterações indicam anemia, desidratação ou até problemas mais graves, como distúrbios da medula óssea;
  • Glóbulos brancos (leucócitos): realizam a defesa do organismo e o seu aumento pode sugerir infecções ou inflamações, enquanto a queda pode indicar baixa imunidade;
  • Plaquetas: atuam na coagulação e alterações exigem investigação, pois podem indicar risco de sangramentos ou tromboses.

Esse exame também oferece índices como VCM, HCM e CHCM, que são fundamentais para diferenciar os tipos de anemia.

Glicose em jejum

O exame de glicose em jejum mede a quantidade de açúcar no sangue após um período sem se alimentar. Dessa forma, ele serve para:

  • Avaliar risco ou presença de diabetes;
  • Monitorar pacientes com resistência à insulina ou pré-diabetes;
  • Acompanhar quem tem histórico familiar da doença.

Valores de referência:

  • Até 99 mg/dL: considerado normal;
  • De 100 a 125 mg/dL: indica pré-diabetes;
  • A partir de 126 mg/dL: sugere diabetes, que deve ser confirmado com novos testes.

O Portal da Universidade de São Paulo (USP) destaca que o controle da glicemia não depende apenas de açúcar e que fatores como estresse, sedentarismo e padrões de sono também influenciam diretamente os níveis de glicose.

Colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL)

O colesterol não deve ser analisado isoladamente porque ele se divide em frações e cada uma gera um impacto diferente na saúde:

  • LDL (colesterol ruim): deposita gordura nas artérias, favorecendo infartos e AVC;
  • HDL (colesterol bom): remove o excesso de colesterol das artérias, protegendo o sistema cardiovascular;
  • VLDL: transporta triglicerídeos e está relacionado ao acúmulo de gordura no fígado e na circulação.

Vale ressaltar que os níveis adequados variam conforme idade, sexo e histórico familiar, mas em geral, o LDL deve estar abaixo de 100 mg/dL em pessoas com risco cardiovascular.

Beta-hCG (exame de gravidez)

O exame de beta-hCG detecta a presença do hormônio produzido após a implantação do embrião no útero. Assim, ele permite confirmar uma gestação com poucos dias de atraso menstrual.

Além da confirmação da gestação, o beta-hCG pode ser solicitado para avaliar gestações de risco, suspeitas de aborto espontâneo ou até para investigar alguns tipos de tumores (em casos específicos).

Como se preparar para exames laboratoriais?

Antes de realizar um exame laboratorial, é comum surgirem dúvidas sobre a preparação correta, como: será que sempre é necessário fazer jejum? Existem outros cuidados importantes? 

Entender essas orientações faz toda a diferença para assegurar resultados precisos e confiáveis.

Sempre preciso fazer jejum?

Nem todos os exames exigem jejum, mas alguns seguem essa orientação. Veja os principais:

  • Glicose e colesterol: pedem jejum de 8 a 12 horas;
  • Hemograma e beta-hCG: geralmente dispensam jejum, a não ser que sejam solicitados junto a outros testes;
  • Triglicerídeos: quanto mais prolongado o jejum (até 12 horas), mais preciso o resultado.

Além do jejum, é importante:

  • Evitar bebidas alcoólicas nas 24 horas anteriores;
  • Não exagerar em alimentos gordurosos no dia anterior;
  • Informar uso de medicamentos, inclusive anticoncepcionais, corticóides ou suplementos.

Posso tomar meus remédios antes do exame?

Na maioria dos casos, os medicamentos devem ser mantidos, mas alguns podem interferir nos resultados. Por isso, é essencial informar ao laboratório ou ao médico sobre o uso de:

  • Anticoncepcionais;
  • Corticoides.
  • Antibióticos;
  • Suplementos alimentares.
     

A partir disso, o profissional irá orientar se há necessidade de suspender algum deles temporariamente.

Atividade física interfere no exame?

Sim! Exercícios intensos nas 24 horas anteriores podem alterar os níveis de glicose, creatina, CK e até enzimas hepáticas. 

Para garantir resultados mais precisos, evite atividades físicas no dia anterior, especialmente aquelas de alta intensidade.

O ciclo menstrual interfere em algum exame?

Sim, em alguns casos o ciclo menstrual pode impactar os resultados. Durante o período menstrual, exames como urina, Papanicolau e até alguns testes hormonais, como FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante), podem apresentar alterações. 

Diante disso, é importante informar ao laboratório se você está menstruada no dia da coleta. Dependendo do exame, o profissional pode orientar sobre a necessidade de remarcar para outro momento do ciclo.

Quando devo fazer exames laboratoriais?

A frequência dos exames varia, mas recomenda-se:

  • Check-up anual com hemograma, glicose, colesterol e função renal/hepática;
  • Monitoramento semestral ou trimestral em casos de diabetes, colesterol alto, hipertensão ou acompanhamento de tratamentos específicos.

Como interpretar os resultados?

A interpretação dos exames deve ser feita por um médico, levando em conta:

  • Sintomas atuais;
  • Histórico pessoal e familiar;
  • Medicamentos em uso;
  • Hábitos de vida (alimentação, sedentarismo, estresse).

Valores fora da referência nem sempre indicam doença. Em muitos casos, variações pequenas podem estar associadas a situações passageiras, como desidratação, uso de medicamentos ou estresse físico.

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