Colesterol e Frações: o que significam LDL, HDL e VLDL no exame de sangue
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Colesterol e frações são elementos centrais nos exames de sangue básicos e, apesar de amplamente solicitados, ainda geram muitas dúvidas sobre o que realmente indicam.
Quando o laudo médico aponta valores alterados de LDL, HDL ou VLDL, não basta apenas observar se está “dentro da referência”. É preciso entender o papel de cada fração, suas relações com outros exames laboratoriais como glicose e hemograma, e o que cada resultado sinaliza sobre o metabolismo, o risco cardiovascular e até o estado hormonal.
Neste artigo, você vai entender como funcionam essas frações lipídicas, quando elas indicam risco à saúde e quais cuidados tomar antes do exame para evitar interpretações equivocadas.
O que é o colesterol e por que suas frações importam
O colesterol é um tipo de gordura que participa da formação das membranas celulares, da produção de hormônios e da vitamina D. Ele é produzido pelo fígado e também obtido pela alimentação.
No sangue, o colesterol se liga a proteínas para circular, formando as chamadas lipoproteínas. As principais são:
- LDL (lipoproteína de baixa densidade): leva colesterol do fígado para os tecidos;
- HDL (lipoproteína de alta densidade): remove o excesso de colesterol das artérias, levando-o de volta ao fígado;
- VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa): transporta triglicerídeos.
O exame de colesterol e frações, portanto, avalia esses três componentes separadamente, além de apresentar o colesterol total.
LDL: quando o nível preocupa
O LDL é conhecido como o “colesterol ruim”. Quando está elevado, pode se acumular nas paredes das artérias e formar placas de gordura, processo chamado de aterosclerose.
Essa condição aumenta o risco de infarto, AVC e doenças arteriais periféricas. Além disso, diversos fatores influenciam o LDL alto:
- Alimentação rica em gorduras saturadas;
- Genética (ex: hipercolesterolemia familiar);
- Hipotireoidismo;
- Uso de certos medicamentos, como corticosteróides.
As diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia estabelecem metas distintas dependendo do risco do paciente:
- Risco baixo: abaixo de 130 mg/dL
- Risco moderado: abaixo de 100 mg/dL
- Risco alto: abaixo de 70 mg/dL
- Risco muito alto: abaixo de 50 mg/dL
HDL: por que o “bom colesterol” é um marcador de proteção
O HDL atua como um agente de limpeza do sistema circulatório, transportando o excesso de colesterol de volta ao fígado.
Assim, níveis altos de HDL estão associados a menor risco cardiovascular. Por outro lado, valores baixos são considerados fator de risco, mesmo que o LDL esteja sob controle.
Os valores desejáveis são:
- Homens: acima de 40 mg/dL
- Mulheres: acima de 50 mg/dL
Atividades físicas, alimentação com gordura monoinsaturada (azeite, castanhas) e não fumar contribuem para o aumento do HDL.
VLDL e triglicerídeos: o elo entre colesterol e carboidratos
O VLDL transporta triglicerídeos sintetizados no fígado a partir do excesso de carboidratos simples e do álcool.
Dessa forma, níveis altos indicam desbalanço metabólico e aumentam o risco de doenças hepáticas e cardiovasculares.
O valor de referência geralmente aceito é de 10 a 30 mg/dL. Quando o VLDL está alto, é comum que os triglicerídeos também estejam elevados, sendo importante investigar dieta, peso corporal e presença de resistência à insulina.
Relação entre colesterol, glicose e outros exames básicos
O colesterol raramente aparece isolado em um laudo. Ele é parte de um painel metabólico mais amplo, que costuma incluir:
- Glicemia de jejum: altos níveis de glicose podem indicar diabetes ou pré-diabetes. Frequentemente, estão relacionados à elevação de VLDL e triglicerídeos;
- Hemograma completo: avalia glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Importante para identificar inflamações que interferem no metabolismo lipídico;
- TSH e T4 livre: disfunções da tireoide alteram diretamente o colesterol, principalmente o LDL.
A interpretação correta leva em conta o conjunto dos resultados, e não apenas um valor isolado.
Como se preparar corretamente para o exame de colesterol
A preparação interfere diretamente nos resultados. A seguir, veja as principais recomendações:
Jejum: ainda é necessário?
- Para o perfil lipídico isolado, não há mais exigência formal de jejum, segundo o Ministério da Saúde.
- Porém, quando o exame é feito junto com glicemia de jejum, TSH ou beta-hCG, recomenda-se jejum de 8 a 12 horas.
Outras orientações
- Evite álcool por pelo menos 72 horas antes da coleta;
- Informe o uso de medicamentos que possam alterar o perfil lipídico;
- Mantenha a rotina alimentar nos dias anteriores para não mascarar resultados.
Quando repetir o exame?
Os pacientes saudáveis devem realizar o exame de colesterol a cada 1 ou 2 anos e pessoas com histórico familiar de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão ou doenças da tireoide devem ter acompanhamento mais frequente, conforme orientação médica.
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